22.11.06

Cuiabá

Como ia dizendo na postagem sobre o Carijó, de Manaus, em uma das minhas idas a Cuiabá fui convidada a comer em um restaurante que até hoje me lembro com água na boca, a Peixaria Popular.

Servem uma espécie de rodízio dos peixes da região: pacú, pintado, tambaqui... de várias formas, assados, ensopados, fritos... a refeição completa traz também banana frita, pirão, farofa de banana, saladinha. Tudo no capricho, comida boa, portentosa.

O carro chefe da casa é a mujica de pintado (pintado cortado em cubos, feito com mandioca ao molho e acompanhado de arroz branco, banana frita, pirão e salada).

O preço é super camarara, o problema é que a gente sai de lá rolando, não dá prá segurar a gula, é "só mais um bocadinho" que não acaba mais...

De sobremesa peça Furrundú, doce típico da região a base de mamão verde raladinho, rapadura, gengibre e canela, DILÍCIA!!!!!!

Fica na Av. São Sebastião, 2324 – Goiabeiras
Telefone: (65) 3322-5471

Mais uma de Belém

Maria Helena Barata mandou mais esta super dica de Belém... um dos melhores Tacacás da cidade... aliás, prá quem nunca experimentou essa iguaria Paraense, aconselho a não perder tempo, sem nenhum exagero é uma das coisas mais saborosas que já comi... verdadeira mania entre os paraenses que sorvem o caldo toda tarde, quase que como os ingleses com o chá das 17:00 horas...

Segundo Mara Sales, chef do restaurante Tordesilhas aqui em São Paulo, é uma maneira de se refrescar, pois ao sorver o caldo quente o corpo fica mais quente que o ambiente e produz uma sensação de frescor. Ela completa dizendo que quando estava em Belém ficou quase viciada no tacacá da tarde...

Mas de que se trata? Bem, o tacacá é um caldo a base de tucupi (caldo da mandioca brava que é cozido para perder o veneno), onde se junta goma de mandioca, camarões secos, jambu (uma erva sensacional do Pará que amortece a lingua e dá um certo baratinho... ) e pimenta paraense, cheirosa que só ela... é servido em uma cuia linda onde o comensal bebe o líquido e pesca os camarões e o jambu com um palitinho. O resultado é marcante, perfumado, exótico, gosto de banho de rio, de calor, cheiro de mato...

A dica da Maria Helena:

O Pará é riquíssimo em termos de culinária. Os pratos típicos são o que há, mas para comê-los tem que sabê-los... rsss...

Quando vierem aqui, o rumo certo é o "Tacacá do Quincas". Tacacá de arrepiar em qualquer dia, mas melhor mesmo é no domingo de tarde, assim quase pela boca da noite, para espantar os últimos vestigios da ressaca.

O Tucupi é de primeirissima linha, camarões gigantescos. Pimenta? Mais ou menos goma? Tudo ao gosto do freguês. Queres saber o preço da cuia? só 5 pilas.

Lá servem também Vatapá e Caruru daqueles de se lambuzar, também só pagas 5 boró pelo prataço. Mas atenção minha gente, são preparados de modo diferente daqueles da Bahia.

Caro mesmo é a Maniçoba, que custa 8 mi réis. Tens que acabar de comer e sair correndo pra igreja pedir perdão pelo sacrossanto pecado da gula. Não sabem o que Maniçoba? Então, precisam vir a Belém e comer para crer. E olha que nem estou falando do bolo de Macacheira. Fica pra próxima!

Endereço: R. Conselheiro Furtado entre 14 de março e Generalíssimo Deodoro. Esse endereço nem todo mundo conhece, só os bem iniciados, assim como o endereço de outras Tacacazeiras da pesada.

Manaus

O Blog está ficando très chic, correpondentes de primeira, gente que realmente sabe o valor de uma comidinha honesta... Desta vez a dica é do João da Silva, vulgo Adolfo, de Brasília. E a dica... fiquei doida de vontade... me lembrou um lugar que fui em Cuiabá, mas isso é assunto para outra postagem...

Em Manaus, tem o peixe frito do Galo Carijó, um dos points pé-duro da cidade. Excelente (mesmo!) peixe, servido num bar de esquina, prédio velho, daqueles dos anos 40, 50. Apesar da impressão de ele ter sido lavado pela última vez na década de 50 tb, o lugar é asseado & o peixe, divino.

Tucunaré, tambaqui, pirarucu & outros peixes menos conhecidos, todos fritos inteiros. A exceção é o pirarucu, em postas (já que inteiro não caberia na mesa, rsrsrs!).

Vale a pena conferir, quem for a Manaus.

PS- aos que forem, por favor, encaminhem a esta que vos fala as impressões...

10.11.06

Diretamente de Belém

Companheiros bons de garfo, dica quentíssima diretamente de Belém, de nossa "correspondente" Maria Helena Barata, deu água na boca...

Quem passar por aqui não pode deixar de comer um caranguejo tirado na hora, bem temperado e com bastante azeite português. Acompanha uma farofinha esperta e arroz no tucupi e jambú. É de comer rezando. E o melhor, é baratinho, só 14 pilas.

Fica na Doca, do lado do Lider. Dizendo só isso toda criatura dessa cidade te levará lá.

Ah! Tem também um peixe semi-apimentado de lamber os beiços.

Não contentes, ainda fazem um rodizio de sushi na hora do happy hour. Deste não posso falar nada porque aí eu passo. Não é a minha praia.

O chopp, minha gente, custa só 1 mi réis e 50 centavos.

Descobri semana passada. E é até bonitinho o lugar.

6.11.06

Selenitadas

Companheira inseparável de Bromélia, Selenita dá seus pulinhos e também se arrisca na cozinha, a autêntica comida de elementais!
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Salada Leprechauniana da Floresta Encantada
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Sempre me encantei com os Leprechauns, povinho bacana, lá das bandas da Irlanda. Pois! Não é que insistem em existir, em que pese a devassa feita pela igreja no imaginário das pessoas de lá?
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Por aqui, de quando em vez, dão o ar da graça lá em casa. Eu mesma gosto muito de visitá-los na floresta em que vivem, o que faço graças a uma caixinha de pó de pirlimpimpim, que ganhei do ilustre Visconde de Sabugosa, quando tive o prazer de visitar o Sítio do Picapau Amarelo.
Pois bem, todas as pessoas sabem que Leprechauns são muito gulosos e, talvez daí, nossa grande afinidade...
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Assim, como forma de exaltar essa característica que nos une, decidi homenageá-los com uma receitinha de salada, inspirada na floresta em que vivem, após apreciar meu pirlimpimpim.
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Para isso misturei cogumelos - ou casinhas de Leprechauns - com frutinhas da floresta, furtei algumas nozes de esquilos e juntei com uma mistura de folhas que lembra bem as cores das matas...
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Abuse do pó de pirlimpim e faça você também uma deliciosa Salada de Leprechaun ou Salada da Floresta Encantada. É muito fácil:
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Pegar uma porção de folhas variadas, com a sensibilidade que o olhar e paladar exigem - alface verde e vermelha, rúcula, agrião, radiccio, endívias, escarola - sem esquecer que se deve levar em conta a conjugação de sabores das plantas e ervas - picantes, neutras e amargas, tudo em perfeita harmonia.
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Escutei alguém ai perguntando quanto é uma porção. Em geral meço uma porção de salada pelo prato de sobremesa, não muito cheio, não muito vazio! Medição leprechauniana, cheia de sutilezas e adivinhações.
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Junte, às folhas, três ou quatro cogumelos paris frescos e crus, fatiados em lâminas, duas colheres de nozes picadas e algumas framboesas frescas (não havendo framboesas troque por amoras, bluberry ou morangos ou por um mix de todas essas frutinhas, desde que vermelhas sejam).
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Para o molho - especialíssimo - junte uma colher de sopa de azeite extra virgem, duas colheres de sopa de vinagre de framboesas (encontrado em supermercados), uma colher de chá de geléia de framboesas ou uma colher de sobremesa de framboesas esmagadas, sal e pimenta a gosto... emulsione o molho e distribua sobre a salada...
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Os Leprechauns se regalaram com a homenagem e Visconde de Sabugosa, acho, teria orgulho de mim...