13.5.07

Sobre pé sujo

Uma super dica de nosso correspondente goiano João da Silva, desta vez sobre a definição e a higiene dos bares pé-sujo:

Quando se fala que um lugar é 'sujo', a gente normalmente quer dizer que o espaço público do lugar é sujo. Na verdade isso não quer dizer grgande coisa em termos de higiene. O que conta mesmo é se o espaço privado (a cozinha, depósito de ingredientes, etc) é suja ou não.

Muitos lugares pequenos & populares mantêm o espaço público meio encardido como uma tradição e como uma forma de atrair clientes (muita gente passa ao largo dos lugares muito asseados, temendo que sejam caros demais para suas posses). O que não quer dizer que a comida seja pouco higiênica.

Normalmente, se um lugar é bastante frequentado por gente que não é da vizinhança, sua comida vai ser asseada: o bom-senso popular rejeita rapidamente os lugares onde a comida não é higiênica. Mais ou menos como restaurantes de camioneiros na beira da estada, quando tem muitos caminhões parados na porta a comida costuma ser boa.

Uma dica boa - costuma funcionar sempre que a aplico - é dar uma olhada atrás do balcão. O último lugar que alguém pensa em limpar num restaurante popular é atrás do balcão. Ele não é parte do espaço público, logo limpá-lo não atrai clientes; e a vigilância sanitária só se importa mesmo com a cozinha & a estocagem de alimentos.

Então, se atrás do balcão está limpo, é porque os donos são extremamente asseados. E a comida com certeza também. Já vi muito restô menos popular (ou nada popular) onde o salão é impecável mas atrás do balcão... argh! Não como neles.

Comida Pernambucana

Querendo conhecer mais sobre a comida Pernambucana, vale a dica:


"Comida e Tradição receitas de família" de Nininha Carneiro da Cunha


São 780 receitas da mais tradicional cozinha pernambucana, organizadas segundo datas comemorativas, típicas da cultura do Estado. O manuê, doce à base de mandioca, aparece nas festas juninas; o aferventado de bacalhau, preparado com maxixe, compõe a mesa da Semana Santa; enquanto o bolo do diabo, com ameixas e vinho do Porto, é uma herança da "botada", festa da época dos engenhos de cana-de-açúcar que marcava o início da colheita. O prefácio é de Gilberto Freyre.

Mais sobre SARAPATEL

Pra quem se animou com o sarapatel, fique sabendo:

Sarapatel é um alimento típico da culinária do Nordeste brasileiro, principalmente da Bahia. É feito com tripas e outras vísceras de porco, além do sangue coalhado e cortado em pedaços.Uma das características da iguaria é seu teor de gordura, bastante acentuado por causa da presença de pedaços de toucinho e da tripa. Durante o cozimento acrescenta-se folha de louro e uma ou duas grandes pimentas-de-cheiro inteiras. Serve-se o prato acompanhado de farinha e/ou de arroz.

Para fazer um sarapatel:

Ingredientes:

• 1 kg de miúdos de porco (coração, fígado, rins, bucho, tripas, junto com o sangue já coagulado)
• 1 limão
• Água fervente
• 1/2 xicara (chá) de óleo
• 1 xícara (chá) de vinho tinto
• 1 cebola roxa grande picada
• 3 dentes de alho bem amassados
• 1 pimentão verde
• 1 pimentão vermelho
• Cheiro verde
• Salsinha
• Cebolinha
• Coentro
• Sal a gosto

Prepare assim:
Pique todos os miúdos e esprema o suco do limão sobre eles, deixando descansar por 10 minutos. Em seguida, escalde com bastante água fervente;
Em uma panela grande, despeje o óleo e os temperos e refogue com um pouco de água;
Acrescente os miúdos de porco e o vinho tinto, resultando num cozido com caldo.

Leite e Parraxaxá

Em Recife, finalmente conhecemos o Restaurante Leite, inaugurado em 1882, é o restaurante mais tradicional de Recife, um restaurante lindo, luxuoso e nada barato, mas com uma comida impecável.

Experimentei vários pratos, mas o que me cativou mesmo foi o sarapatel, foi a segunda vez que provei da iguaria, e desta vez entrou pra meu rol das minhas comidas preferidas, acompanhado de uma farinha quebradinha de Pernambuco... uma delícia!

Ainda em Recife, comi novamente sarapatel, desta vez de bode, no Parraxaxá, um restaurante por quilo só de comida nordestina, muito bom e com preço bem camarada. Aproveitei para também experimentar a famosa buchada de bode, adorei, me lembrou a infância em Tocantins, quando sempre comíamos a buchada feita pela D. Ana, no ribeirão, espécie de clube da cidade em que vivia.

Indo à Recife dê uma passadinha:

Restaurante Leite
Endereço: Praça Joaquim Nabuco, 147, Santo Antônio

Restaurante Parraxaxá
Rua Baltazar Pereira, 32, Boa Viagem
Avenida 17 de Agosto, 807, Casa Forte

TAPIOCA

Confesso aqui que sempre achei tapioca meio besta. Quando morava em Tocantins, eram comuns os lanches da tarde com tapioca. Em Brasília, sempre fazia para as visitas que ficavam em casa, achava charmoso servir uma tapioca com queijo de coalho no café da manhã... Mas a verdade é que nunca me empolguei com a iguaria... Isso até experimentar a tapioca do Josias, em Olinda: S E N S A C I O N A L!!!

Ele fica com outros tapioqueiros na praça principal, no centro histórico, é uma barraquinha atrás da outra, fomos com a cara da dele, limpinha, organizada, ele muito simpático... Pedimos uma cartola, tapioca recheada com queijo de coalho, banana e coco fresco, ele também coloca leite condensado, mas pedimos a nossa sem... perfeita, recheio na medida certa, a massa assadinha no ponto e quente, muito quente, massa e recheio quentes de queimar a boca da primeira à ultima dentada, deliciosa!

Voltando para Recife, comentamos com o motorista do táxi, ele disse que todas as tapiocas da praça são igualmente boas, confesso que deu vontade de voltar para experimentar das outras, quem sabe nas próximas férias passamos um mês em Olinda experimentando um tapioca a cada dia...

Longo e tenebroso inverno 2

Depois de quase dois meses sem nenhuma postagem, voltamos cheios de novidades!